segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tá chegando a hora

Esta é a minha última semana aqui no Porto. Tá chegando a hora de ir embora. Hoje já acordei na ansiedade de resolver mil coisas... tive a última reunião presencial com o orientador daqui (que diga-se de passagem vai merecer uns bons agradecimentos na minha tese, pois a ajuda dele foi de grande valia). Também já fui ao banco me informar do que é preciso certinho para fechar minha conta (e não deixar nenhuma pendência burocrática por aqui. isso é MUITO importante). Já consegui separar mais algumas coisas para colocar na mala e teria que lavar mais algumas roupas, mas o tempo não está cooperando nada para isso... (garoa muito chata lá fora nesse momento e com cara de que não vai parar).
Mas vai dar tudo certo e vai dar tempo de fazer tudo o que falta ainda!
E no próximo final de semana eu já estarei sentindo o calor brasileiro novamente :)

(detalhe que o horário de verão brasileiro acabou nesse último final de semana, então agora estamos com 3 horas de diferença com o Brasil... uma hora para acostumar com o fuso quando voltar)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Organização das coisas

Ontem fui atrás de algumas coisas para ajudar na organização da bagagem. Encontrei uns sacos plásticos de alta compressão, para guardar a bagagem a vácuo. Segundo a embalagem dá para reduzir até 75% do espaço.
A ideia é essa da foto:


(essa foto eu peguei do site da Ordene, uma das empresas que fabrica esses sacos no Brasil)


Esses sacos servem também para arrumar o guarda-roupa em casa, além de reduzir o espaço da bagagem.
É só colocar a roupa dentro do saco, fechar e ligar qualquer aspirador de pó na válvula. E eles são duradouros, reutilizáveis.
A grande vantagem de comprar por aqui: o preço!
No Brasil, 1 saco de 55cm x 90cm custa de R$ 15,00 a R$ 20,00. Aqui, uma caixa com 2 sacos de 90cm x 70cm custa de 4 a 5 Euros (convertendo com um valor bem alto, a caixa sairia por R$ 15,00).
(Eu me pergunto o motivo desses sacos terem um preço tão alto no Brasil... afinal é plástico e não usa nenhuma tecnologia de ponta.)


Acho que agora vai ser mais fácil de organizar minhas coisas para a volta.




ah... eu comprei esses sacos na loja da Primark, no Parque Nascente. Mas sei que tem também nos supermercados da rede Lidl.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Londres

Cá estamos no Porto novamente, para nossos últimos dias por aqui (agora só faltam 10 dias para voltar para casa). Voltamos de Londres na segunda a noite. Ontem foi um dia de muito trabalho, mas hoje deu um tempinho para postar.
Londres é, pelo menos para mim, sempre uma boa viagem. Cidade bonita, organizada, com muita gente educada... tão bom... vontade de ficar po rlá mais alguns dias.
Deste vez consegui curtir um pouco a cidade, andar pelos parques, conhecer a feira de Notting Hill (e ficar ouvindo na cabeça a música "Ain't no sunshine") e também andar bastante na área de Covent Garden, SoHo, ChinaTown.
Ah, também fui na London Eye... vista linda lá de cima ao finalzinho da tarde, com tempo bom e a cidade acendendo suas luzes.
Parlamento visto do alto da London Eye


O localização do hotel que ficamos é ótima. Ao lado do Hyde Park, pertinho de Notting Hill, fácil para ir ao centro de cidade de metrô/ônibus.
Também conheci e atravessei a famosa Abbey Road.
Ah, uma coisa que eu acho legal contar é sobre o Oyster (o cartão de transporte de Londres). Ele serve para qualquer transporte urbano e pode ser adquirido nos guichês das estações de metrô. O valor só do cartão é 5 Libras e você abastece com o valor que quiser. Mas uma coisa que quase ninguém conta é que você pode devolver esse cartão e recuperar suas 5 Libras, bem como o saldo restante no seu cartão. :)
Na última estação de metrô que passamos, já indo pegar o transporte para o aeroporto, foi só ir ao guichê e dizer que queria devolver o cartão e pegar o dinheiro. Pronto. Resgatamos nossas Libras "investidas" no cartão e mais umas 2 Libras de saldo restante. Fácil assim.


  
 Praça na frente da Abadia de Westminster e St. James Park


Paisagem "clássica" de Londres

Enfim, foi um belo passeio, para fechar com "chave de ouro" nossas viagens aqui pela Europa. Agora já começo com a preocupação de arrumar e comprar as últimas coisinhas.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

De malas prontas, mas ainda não é para voltar para o Brasil

Gente, estou de malas prontas, mas ainda não é para voltar para o Brasil.  Amanhã embarco para minha última viagem pela Europa antes de voltar para o Brasil. Vou para Londres! 
Eu passei por lá em 2008, mas foi correndo. Vi pouca coisa. Desta vez tenho que ir na London Eye e em outros lugares que não fui da outra vez. :)
Depois que eu voltar conto como foi.


God Save the Queen!
(e a Ryanair por proporcionar viagens tão baratas pela Europa)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Exposição "Evolução de Darwin"

Gente, tem uma exposição bem legal acontecendo aqui no Porto, sobre Darwin, promovida pela U.Porto.
Abriu dia 1 de fevereiro e fica até 17 de julho.
Segundo as fontes, a exposição está "Patente no espaço renovado da Casa Andresen, no Jardim Botânico, esta exposição pretende dar conhecer a vida e obra de Charles Darwin, e as evidências que o levaram postular a teoria da evolução das espécies"
Eu achei esse vídeo no Youtube sobre o assunto.
aproveitem!


Onde: 
Casa Andresen - Jardim Botânico - Porto/Portugal

Quando: 
de 1 de fevereiro a 17 de julho de 2011
Terça a Sexta das 10h às 18h
Fim-de-semana das 10h às 19h
Dia de Encerramento: Segunda-feira

Quanto:
Bilhetes adultos:
  • Preço normal: 4€
  • Assinatura STCP: 3€


Bilhetes conjuntos:
  • Exposição + Fundação de Serralves: 8€
  • Exposição + Zoo Santo Inácio: 8€


Descontos de 50%
  • Domingo das 10h às 13h
  • Cartão Jovem, estudantes até 25 anos (inclusive) e maiores de 65 anos
  • Funcionários da STCP e familiares directos


Entrada Gratuita
  • Menores de 12 anos (inclusive)
  • Grupos organizados provenientes de entidades de Solidariedade Social mediante apresentação de uma credencial
  • Dia de Darwin: 12 de Fevereiro
  • Dia Internacional dos Museus: 18 de Maio


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Para as leitoras - sobre onde morar e pessoas com necessidades especiais

Esse post eu fiz para a Mila do Mundo de Possibilidades e a Márcia do Entre outras coisas, mas também os outros leitores podem aproveitar alguma informação.
Primeiro eu falo para Márcia, que perguntou sobre como os portugueses tratam as pessoas com necessidades especiais (o interesse dela é em especial para surdos).
Pensei sobre o assunto e percebi que não encontrei ninguém com deficiência auditiva aqui... que coisa... eu vi várias pessoas com deficiência visual, porque aqui bem pertinho do apartamento que moramos tem um  Centro de Reabilitação, então sempre passam aqui na rua crianças e adultos, com suas bengalinhas e cão-guia (lindos!).
O povo pelo menos é sempre bem educado com eles, cedem o lugar no ônibus, dão informação sobre o horário dos próximos ônibus nas paragens, dão passagem na calçada e ajudam a atravessar a rua.
Mas fora isso eu não vi mais nada... =(
Aí eu procurei algo na internet e descobri que existe uma associação de surdos do Porto: http://d91601.tinf28.tuganet.info/
Também achei um blog sobre a Língua Gestual Portuguesa: http://lingua-gestual-portuguesa.blogspot.com/
Aí, a pessoa aqui, totalmente ignorante no assunto, pergunta: a LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) é muito diferente da Língua Gestual Portuguesa?
Márcia, eu peço desculpas, mas não consegui encontrar nenhuma outra informação ou sobre como os portugueses tratam as pessoas com necessidades especiais.


Agora para a Mila, que acabou de ser aprovada para o Mestrado na Universidade Católica (campus da Foz). Primeiro: PARABÉNS!
Queridona, o campus da Foz da Universidade Católica fica num lugar muito bonito (a Foz é bonita por natureza), mas também é um dos lugares mais caros da cidade para se morar.

Ainda passei lá na frente da UC ontem mesmo, a caminho do apto da minha amiga carioca, que acabou de mudar para a Rua de Gondarém (um lugar linnnnnndo e chique), mas ela conseguiu alugar um T0 (apartamento tipo stúdio) por um preço legal, com muita barganha e acordo, rsrsrsrsrs.
Sobre onde morar, eu diria para você que estudando na Foz, não compensa morar tão longe da faculdade (claro que eu sei que a opção sempre depende do $ que temos disponível). Eu digo isso porque o trânsito/transporte diário pode ser um incômodo... o Érico estuda longe do nosso apartamento que fica na Areosa. Então todo dia ele perde pelo menos 1hora para ir e 1hora para voltar, deslocando até o Campo Alegre, onde fica a FLUP, tendo que pegar 2 ônibus e um trânsito infernal no final da tarde (devido as ruas muito estreitas e cheias de carros e ônibus). E vamos e venhamos, perder 2horas no trânsito, todos os dias, em uma cidade do tamanho de Porto dá pra dizer que é ridículo.
No centro da cidade existem opções com preços razoáveis, mas nem sempre os  apartamentos são bons (muuuuuuuito velhos).
Dá para você tentar ver algo mais para o lado de Matosinhos ou até em Vila de Nova Gaia (do outro lado do rio Douro), onde os imóveis costumam ser mais baratos.
Para você ter idéia do transporte que vai precisar (e vai ser ônibus com certeza, porque não tem metrô lá na Foz), dá para usar o site do Itinerarium e ele indica quais os melhores ônibus/metrô que você deve pegar.
E eu fico à disposição para mais informações e espero que seja de alguma valia para vocês.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Preconceito em Portugal

"Tristes tempos os nossos em que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." (Albert Einstein)


Pensei muito antes de fazer esse post, quase desisti do assunto, mas ontem eu li um relatório importante sobre o tema, então resolvi escrever.
No pouco tem que ficamos por aqui, infelizmente, foi possível notar o preconceito que existe em Portugal. E o relatório da FRA (Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia - European Union Agency for Fundamental Rights) não me deixa mentir.
Segundo esse relatório, 74% dos brasileiros entrevistados aqui em Portugal já sofreram algum tipo de preconceito, seja por raça, nacionalidade, gênero, idade e por aí vai...
Particularmente, eu e o Érico não sofremos tanto com isso, não sei se por termos um biotipo mais  parecido com os europeus (antes de abrirmos a boca com nosso sotaque paulista, pois somos muito branquelos, mas muito mesmo, infelizmente... com o cabelo castanho. Um senhor no supermercado até achou que eu fosse francesa), ou se por estarmos casados e juntos aqui... o máximo que sentimos algumas vezes foi um pouco de hostilidade das pessoas mais velhas que não gostam de brasileiros.
Mas outros imigrantes que tivemos contato sofreram muito com isso. Uma outra doutoranda, a qual eu fiquei muito próxima aqui, passou por maus momentos. Ela é casada (mas o marido está no Brasil), doutoranda da UFRJ e contribui para pesquisas importantes dentro da FIOCRUZ, mas também é mulata e carioca. E por esses últimos motivos já foi chamada de prostituta, sendo abordada dentro um ônibus urbano como tal por senhores portugueses e tendo seu contrato de locação de um apartamento negado por não provar que não era prostituta (apesar de toda a documentação da Universidade do Porto). Ela também foi abordada por homens que passavam, sendo chamada de "Sapatão" no meio da rua, quando praticava sua corrida e usava um conjunto de moleton. E mesmo estando fora de Portugal, em uma viagem a Paris, ela foi hostilizada por duas mulheres portuguesas, dentro de um restaurante, onde disseram que "odiavam brasileiras".
E eu gostaria que fossem só esses os casos de preconceito com pessoas conhecidas aqui, mas vão muito além. 
O último caso que fiquei sabendo foi de um outro doutorando, médico e colombiano, que foi agredido fisicamente pelo segurança de um bar, enquanto ele falava em castelhano com outro colombiano. O segurança deixou bem claro que odiava "espanhóis" que vem para Portugal e que eles nem se dão ao trabalho de falar português. O detalhe é que esse doutorando fala português... e foi parar no hospital por estar falando sua língua materna com um colega.
Felizmente, dentro da universidade eu não senti preconceito algum e não fiquei sabendo de nenhum caso. Essas situações ocorreram no dia-a-dia dos meus colegas, fora da universidade.
Eu não quero deixar nenhum brasileiro revoltado ao contar esses casos, muito menos quero ofender algum português. Só quero expor a situação que algumas pessoas podem encontrar, já que essa é uma situação real e muito triste.
Espero que em um próximo relatório da FRA a situação já esteja melhor.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Queda da população do Porto

Esse texto foi publicado por José Machado de Castro (clique aqui para ler o texto completo) e parte foi republicada por Carlos Romão, no seu blog "A Cidade Deprimente".
É triste, mas é verdade.
Reproduzo aqui parte do texto, tal como Carlos Romão.


"Em 2011, daqui a poucos meses, o Porto vai ter a população que tinha no início do século XX, à volta de 200.000 habitantes. Este regresso ao passado na demografia é apenas uma das faces do declínio a que a política do PSD e CDS/PP condenou a cidade do Porto. Em 2002, quando Rui Rio tomou posse, o Porto tinha 263.131 habitantes, em 2005 já só eram 233.465 os habitantes e em 2008 ficava-se pelas 216.080 pessoas (97.568 homens e 118.512 mulheres). Em 2009 a população do Porto desceu para 210.558 habitantes, em 2010 será abaixo das 205.000 pessoas e em 2011 não chegará aos 200.000 habitantes. 

É certo que entre 1991 e 2001 já tinha ocorrido um decréscimo de quase 37.000 moradores. Só que a gestão de Rui Rio praticamente duplicou as saídas de população. Numa década, entre 2001 e 201l, mais de 60.000 pessoas partiram (ou melhor, foram forçadas a partir) da cidade do Porto.

Sabe-se quem sai, são os jovens casais, donde saem, principalmente do centro da cidade, e sabe-se porque saem, não têm alojamento acessível. O Porto será das poucas cidades da Europa em que a oferta de habitação está completamente nas mãos de promotores imobiliários, que em regime de autêntico monopólio decidem os preços que querem, inacessíveis aos jovens."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Intercâmbio depois dos 50 anos

Achei muito legal divulgar esse tipo de informação, porque às vezes a gente pensa que só quando se é mais novo é que dá para fazer essas coisas.
Será que dá? segundo a reportagem que acabei de ver IG, dá sim.
E parece uma ótima experiência. Não é só os adolescentes (ou "adolexentes", como se FALA cá em Portugal) que tem vez de fazer intercâmbio.
Segue o link para a reportagem "Intercâmbio aos 50 anos".
Sempre é tempo de estudar e ganhar experiência em outra cultura.